Existe uma solução para conflitos em relacionamentos humanos entre duas ou mais pessoas, particulares e organizacionais?
Economia Solidária são conceitos novos e revolucionários em experimento em países da Europa e em comunidades. Isto me leva a algumas reflexões e a um diálogo comigo mesmo:
- Onde estão os recursos que preciso? Na sua mente e nas suas posses. E os que você precisa? Igualmente comigo. Porque não os partilhamos? Consigo ou não consigo partilhar?
- Adoro trabalhos em grupo e acho adorável a ideia de comunidade. Preciso me mudar para uma comunidade urbana ou rural, para ter uma vida comunitária de partilhamento e ajuda mútua? Talvez? Poque não posso montar uma comunidade na minha rua onde partilhemos tudo? O que impede?
- Posso sair batendo de porta em porta, apresentar a proposta a todos. Alguns vão aceitar melhor, ou parcialmente e alguns vão rejeitar. E na minha empresa? Imagine então uma proposta de relacionamento AFETIVO aberto? Vai funcionar? DUVIDO!
Porque? Individualismo humano. Exclusivismo. Purismo. Preconceito. PROPRIEDADE. Competição.
- O intimo de cada um precisa ser preservado, continuar oculto e quando se vive comunitariamente isto tende a vazar e ocasionar conflitos.
Dividir, partilhar como ensinamos para as crianças é difícil. Mandamos fazer mas não fazemos. Isto é instintivo, natural?
- Tenho imensa dificuldade em abrir mão das minhas idiossincrasias.
Será que a dificuldade é abrir mão das POSSES internas ou das externas? Ou das duas? Parece que as duas. Mas a possessão se origina de motivações internas.
Então a razão de existir da nossa sociedade capitalista, materialista, consumista, competidora, preconceituosa, exclusivista, possessiva, indiferente, enfim, anti ecológica se dá por uma natureza interna nossa. Ninguém seria culpado? Responsável sim!
- Por outro lado esta natureza me faz ser solitário, viver isolado, triste, não importa a quantidade de recursos que consiga acumular.
Mesmo assim preferimos continuar assim, pobres por dentro mas ricos por fora. Ainda nos parece mais vantajoso que o comunitário. Mas precisamos de amor. Ninguém vive sem ele. A nossa esperança em resolver a imensa solidão que vivemos reside num relacionamento a dois, que chamamos de “amoroso” e que esperamos resulte numa família mas com o passar de um breve tempo se torna aprisionador e conflitivo.
O nosso cérebro racional funciona numa lógica linear, num só sentido e direção. Só realiza a lógica matemática de dividir e subtrair. Pra eu entender um problema, resolver algo, encontrar uma solução tenho que dividi-la em partes, subtrair o que interessa do que não interessa. Fazemos isto em tudo em nossa vida. Por isto os relacionamentos afetivos e familiares são tão conflitivos. Cada um pucha numa direção linear, como obriga nossa lógica racional cerebral e os atritos são inevitáveis.
Somos o nosso cérebro!!! Só isto??? Não adianta procurarmos nas religiões, na ciência, na filosofia?
- Experimentei todos os métodos que encontrei. Depois de insistir um pouco logo encontrava contradições e isto me irritava muito.
Algumas pessoas não se importam com as contradições e preferem o “me engana que eu gosto”! Como decidi nunca mentir para mim mesmo logo via que estava no mesmo ponto do começo. A verdade é que ninguém tem a resposta. Temos que investigar e descobrir por nós mesmo, sozinhos. Podemos fazer o que ninguém já fez antes?
- Eu prefiro ser autodidata em minha vida! Ninguém pode me dizer como é ou como deveria ser a vida. Insisto em descobrir por mim mesmo.
Isto não quer dizer não escutar os outros. As diferenças podem ser muito inspiradoras, desde que não tenham rótulo de verdade absoluta. O mundo é relativo como disse Einstein, então toda verdade é transitória. Tudo é impermanente como dizem os budistas.
Então preferimos ser e viver SEPARADOS uns dos outros, da natureza, do universo. Porque?
- Me angustia me desfazer desta preferência. Não tenho nada para por no lugar.
Se resolvo enfrentar o dilema tenho que ficar COM O QUE É. Ou isto me consome por inteiro, ou supero e cresço até a altura do problema.
- Quero resolver isto por que não gosto de solidão. Nenhuma posse compensa isto.
Percebo que ao final das contas, isto é apenas um CONCEITO ao qual estou apegado.
- Tenho que digerir isto! Mas adoro ser proprietário das minhas ideias. São meu patrimônio. O tipo de riqueza que valorizo.
Esta posse não é diferente de quem acumula dinheiro, poder como os políticos, diplomas como os acadêmicos, deuses como os religiosos, etc.
- Mas me separo de todos eles por preconceito, porque considero os meus bens os certos, melhores do que os dos outros que considero meus opositores e inimigos. Sou melhor que eles.
Sou??? Já conheço esta cilada dentro em mim. Hoje em cima, amanhã em baixo. Na verdade isto é só um complexo de superioridade para esconder um mais profundo de inferioridade. ISTO É SOFRIMENTO!
- Prefiro então sofrer que gozar a vida? Prefiro um apego a um conceito inútil, do que me desfazer dele?
Vejo que não há nada para colocar no lugar. Se perder este preconceito, fico sem nada, sem uma pré-opinião sobre os outros. Porque quero ter uma opinião sobre os outros em geral? Aproveito para perguntar porque a opinião dos outros é tão importante para mim? Ora é obvio! Como prefiro me separar dos outros e ao mesmo tempo preciso de amor, isto causa dor e sofrimento. Para justificar a burrice da preferência boto a culpa nos outros. São eles que não me amam e não eu que me separo deles.
- Então estou sofrendo por opção! Oque fazer?
NADA, ora! Se quero assim, seja feita a minha vontade! Voltei ao ponto zero. Não há o que fazer contra uma natureza interna. Tenho que ficar com isto até que cresça até a altura do problema.
Economia Solidária são conceitos novos e revolucionários em experimento em países da Europa e em comunidades. Isto me leva a algumas reflexões e a um diálogo comigo mesmo:
- Onde estão os recursos que preciso? Na sua mente e nas suas posses. E os que você precisa? Igualmente comigo. Porque não os partilhamos? Consigo ou não consigo partilhar?
- Adoro trabalhos em grupo e acho adorável a ideia de comunidade. Preciso me mudar para uma comunidade urbana ou rural, para ter uma vida comunitária de partilhamento e ajuda mútua? Talvez? Poque não posso montar uma comunidade na minha rua onde partilhemos tudo? O que impede?
- Posso sair batendo de porta em porta, apresentar a proposta a todos. Alguns vão aceitar melhor, ou parcialmente e alguns vão rejeitar. E na minha empresa? Imagine então uma proposta de relacionamento AFETIVO aberto? Vai funcionar? DUVIDO!
Porque? Individualismo humano. Exclusivismo. Purismo. Preconceito. PROPRIEDADE. Competição.
Dividir, partilhar como ensinamos para as crianças é difícil. Mandamos fazer mas não fazemos. Isto é instintivo, natural?
- Tenho imensa dificuldade em abrir mão das minhas idiossincrasias.
Será que a dificuldade é abrir mão das POSSES internas ou das externas? Ou das duas? Parece que as duas. Mas a possessão se origina de motivações internas.
Então a razão de existir da nossa sociedade capitalista, materialista, consumista, competidora, preconceituosa, exclusivista, possessiva, indiferente, enfim, anti ecológica se dá por uma natureza interna nossa. Ninguém seria culpado? Responsável sim!
- Por outro lado esta natureza me faz ser solitário, viver isolado, triste, não importa a quantidade de recursos que consiga acumular.
O nosso cérebro racional funciona numa lógica linear, num só sentido e direção. Só realiza a lógica matemática de dividir e subtrair. Pra eu entender um problema, resolver algo, encontrar uma solução tenho que dividi-la em partes, subtrair o que interessa do que não interessa. Fazemos isto em tudo em nossa vida. Por isto os relacionamentos afetivos e familiares são tão conflitivos. Cada um pucha numa direção linear, como obriga nossa lógica racional cerebral e os atritos são inevitáveis.
- Experimentei todos os métodos que encontrei. Depois de insistir um pouco logo encontrava contradições e isto me irritava muito.
Algumas pessoas não se importam com as contradições e preferem o “me engana que eu gosto”! Como decidi nunca mentir para mim mesmo logo via que estava no mesmo ponto do começo. A verdade é que ninguém tem a resposta. Temos que investigar e descobrir por nós mesmo, sozinhos. Podemos fazer o que ninguém já fez antes?
- Eu prefiro ser autodidata em minha vida! Ninguém pode me dizer como é ou como deveria ser a vida. Insisto em descobrir por mim mesmo.
Então preferimos ser e viver SEPARADOS uns dos outros, da natureza, do universo. Porque?
- Me angustia me desfazer desta preferência. Não tenho nada para por no lugar.
Se resolvo enfrentar o dilema tenho que ficar COM O QUE É. Ou isto me consome por inteiro, ou supero e cresço até a altura do problema.
- Quero resolver isto por que não gosto de solidão. Nenhuma posse compensa isto.
- Tenho que digerir isto! Mas adoro ser proprietário das minhas ideias. São meu patrimônio. O tipo de riqueza que valorizo.
Esta posse não é diferente de quem acumula dinheiro, poder como os políticos, diplomas como os acadêmicos, deuses como os religiosos, etc.
Sou??? Já conheço esta cilada dentro em mim. Hoje em cima, amanhã em baixo. Na verdade isto é só um complexo de superioridade para esconder um mais profundo de inferioridade. ISTO É SOFRIMENTO!
Vejo que não há nada para colocar no lugar. Se perder este preconceito, fico sem nada, sem uma pré-opinião sobre os outros. Porque quero ter uma opinião sobre os outros em geral? Aproveito para perguntar porque a opinião dos outros é tão importante para mim? Ora é obvio! Como prefiro me separar dos outros e ao mesmo tempo preciso de amor, isto causa dor e sofrimento. Para justificar a burrice da preferência boto a culpa nos outros. São eles que não me amam e não eu que me separo deles.
- Então estou sofrendo por opção! Oque fazer?
NADA, ora! Se quero assim, seja feita a minha vontade! Voltei ao ponto zero. Não há o que fazer contra uma natureza interna. Tenho que ficar com isto até que cresça até a altura do problema.
...
- Acabou o diálogo? “Me deixei na mão”?
Se observar bem verei que deixei meu cérebro racional-linear com sua escolha intransigente e sofredora, diante de uma coisa que é maior que ele, meu SER REAL.
Sou obrigado a escolher; me IDENTIFICAR com ele, o cérebro do macaco, ou SER a INTELIGÊNCIA, CONSCIENTE e AUTODETERMINADA! Se escolher ser esta última é só esperar que ela aja!
Wagner Nogueira
17/01/17
- Acabou o diálogo? “Me deixei na mão”?
Se observar bem verei que deixei meu cérebro racional-linear com sua escolha intransigente e sofredora, diante de uma coisa que é maior que ele, meu SER REAL.
Sou obrigado a escolher; me IDENTIFICAR com ele, o cérebro do macaco, ou SER a INTELIGÊNCIA, CONSCIENTE e AUTODETERMINADA! Se escolher ser esta última é só esperar que ela aja!
Wagner Nogueira
17/01/17








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